Hipócrates, pai da medicina, dizia: "toda vez que um indivíduo diz que segue exatamente o que eu peço, está mentindo". No Brasil, a automedicação é um transtorno à saúde pública. Ora, a falta de informação e o acesso insuficiente a hospitais colaboram para o aumento de tal celeuma. A princípio, a automedicação já é considerada pandemia. São indiscutíveis os fatores que colaboram para tal dilema desde os mais comuns como, os medicamentos para as temíveis dores de cabeça e principalmente, aqueles vinculados pelo meio midiático, os quais influenciam fortemente o receptor para uma cura rápida, por possuir a seguinte advertência: "se os sintomas persistirem o médico deve ser consultado". Ora, tais atributos justificam o porquê 75% da população brasileira se automedicam, segundo a Anvisa. Agrega-se ao exposto, a terceira lei de Newton: "toda ação tem uma reação de mesma intensidade e sentidos contrários". Com base nessa teoria, é notório afirmar que, a "medicalização" tem a finalidade de sanar ou aliviar temporariamente as dores, podendo vir ocasionar uma reação contrária, ou seja, poderá agravar ou camuflar as doenças, dificultando o diagnóstico. Segundo a OMS, as reações adversas a medicamentos representam mais de 10% das internações hospitalares. Na esteira desse raciocínio,é oportuno apontar medidas profiláticas. A primeira instruir os agentes de saúde com o propósito de esclarecer as mazelas provocadas pela automedicação, a segunda recai sobre, o estado o qual deveria promover maior veiculação dessa temática na mídia em geral, quanto mais informação e conhecimento melhor será para extingui-la. Saúde é essencial. Fica evidente, portanto, a necessidade de reverter esse quadro. O governo federal deve investir no setor da saúde pública, a fim de melhorar e dinamizar o atendimento médico, as farmácias, por sua vez, devem exigir a receita médica para a venda de fármacos, as escolas devem ministrar aulas de educação em saúde para que esses alunos sejam mais rigorosos no futuro. Dessa forma, essa problemática minimizará.