É característica do brasileiro a utilização de remédios sem a devida pré-indicação médica. Tal fato está enraizado na sociedade brasileira, onde se mostra corriqueiro e natural a autossuficiência medicinal, evidenciada pelo uso, imediato ou contínuo, de inúmeros tipos de medicamentos. Essa atitude é agravada por intensas propagandas da indústria farmacêutica, tendo consequências severas à saúde do indivíduo. A mídia tem influência direta no cotidiano dos cidadãos, porém nem sempre de maneira saudável. O poder de persuasão midiático é indiscutível, pois ela busca sanar as necessidades mais imediatas do ser humano. No entanto, no que diz respeito à indústria farmacêutica, essa instigação leva o consumidor a buscar o tratamento de um sintoma apresentado sem consulta prévia a um profissional competente, o que pode ser lesivo ao paciente. Nesse sentido, o uso inconsequente de remédios caracteriza uma negligência à própria saúde individual. Visto que o organismo humano é danificado com a ingestão arbitrária de tais substâncias. Segundo a OMS, os remédios mais adquiridos sem receita médica são analgésicos e anti-inflamatórios, com utilização constante. Podendo levar o cidadão brasileiro à dependência, bem como à intoxicação. Logo, a população coloca sua saúde em risco dia após dia, muitas vezes sem entender a gravidade de seus atos. Nessa perspectiva a reincidência da automedicação no Brasil é estimulada na sociedade, ressaltando o problema da saúde pública no país.O combate à essa situação deve partir da administração do estado, na pessoa do ministério da saúde, através da realização de propagandas televisionadas, em redes sociais e plataformas virtuais, para então, demonstrar à população a necessidade do uso consciente e prescrito de drogas medicinais.