Cada vez mais a inserção do jovem no mercado de trabalho é dificultada, uma vez que há grandes exigências. Dentre elas- diferente do que acontecia em meados do século XIX-, a qualificação e a experiência de trabalho são as mais evidentes. Com o advento da revolução industrial, o número de empregos expandiu, já que muitos resolveram investir nesse modo de produção cuja mercadoria era produzida em menor tempo, ou seja, maior era o lucro. Para isso, não era necessário a contratação de funcionários com grande nível intelectual, pois, além do serviço ser basicamente braçal, era mais fácil de aplicar a mais-valia- isto é, exploração de mão de obra assalariada, na qual o proletário recebe um salário menor do que deveria, a fim de aumentar o lucro do empregador. Contudo, a partir da globalização, o mundo tornou-se informatizado. Assim, criaram-se as leis trabalhistas, afim de proteger e garantir os direitos do trabalhador; o mercado de trabalho, em contrapartida, começou a exigir profissionais mais qualificados. Ora, o jovem depara-se com um cenário de dificuldades. Uma vez que há um grande número de competidores competentes disputando uma vaga de trabalho, é de extrema importância que o candidato esteja sempre estudando para mostrar-se atualizado e buscar superar os demais. Além disso, muitas empresas buscam profissionais que tenham, além de um excelente currículo, vasta experiência em determinada área. Portanto, muitos preferem contratar pessoas mais velhas que já conhecem e estão adaptadas ao ofício do que ensinar tudo ao novato. Não raro, ainda existe a grande desigualdade salarial em alguns setores- muitas vezes influenciada pelo gênero ou raça do indivíduo. Por conseguinte, as perspectivas para o jovem são difíceis, visto que é essencial se reinventar para conseguir a ascensão. Visando melhorar as condições do mercado de trabalho para o jovem, é imprescindível a intervenção do Estado, dos professores e de universidades ou escolas técnicas. O Estado deve investir em cursos preparatórios para profissionais obterem a didática de ensino não somente no que se diz respeito a parte teórica, mas também na prática. Os professores devem instruir os alunos por meio de demonstrações de como administrar uma máquina ou como se portar diante de um cliente, dependendo da área em questão. Além disso, seria de grande utilidade se as universidades e as escolas técnicas expandissem para todos os cursos a indispensabilidade do estágio obrigatório, pois, além do jovem adquirir experiência, a instituição avalia sua conduta.