A geração de jovens da atualidade-denominada geração Z- enfrenta algumas dificuldades no processo de inserção no mercado de trabalho. Dentre essas, pode-se destacar as próprias características dos jovens que a compõe e o despreparo do sistema educacional brasileiro em formar profissionais qualificados para competir nesse mercado. A geração Z, nascida na era do desenvolvimento tecnológico, tem como algumas de suas características, uma maior habilidade em realizar multitarefas, sede por velocidade e está sempre em busca de novidades. Entretanto, esse excesso de dinamismo pode ser um ponto negativo para as empresas, pois, além de poder caracterizar profissionais dispersos e sem foco, há a desvantagem da não pretensão da maioria dos jovens em perdurar por muito tempo em uma mesma atividade. Soma-se a isso, o fato de que o ensino fundamental e médio do Brasil não prepara o jovem para o mundo competitivo do mercado de trabalho e das universidades, saem também, jovens graduados, porém, sem preparo e experiência suficientes para ingressar na profissão logo que conclui o curso. Nota-se, portanto, uma preocupação prioritária do sistema educacional em apenas transferir conteúdo, deixando em segundo plano a prática e aplicação técnica desses, com um foco profissional. Por conseguinte, as empresas preferem contratar aqueles que possuam uma certa experiência, mesmo que baixa, a ter o gasto financeiro em preparar, qualificar e dar oportunidade a outro com potencial. Segundo o economista britânico, Sir Arthur Lewis, "educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido." Sendo assim, investir em educação é investir no próprio desenvolvimento do país. Dessa forma, é necessário ações governamentais na educação, como modificar o currículo escolar, acrescentando aulas extracurriculares de técnicas básicas profissionais, como, por exemplo, informática operacional e primeiros socorros, além de práticas em laboratórios que incentivem a pesquisa. Além disso, é preciso apostar nas empresas juniores nas universidades, qualificando o currículo dos graduados. Ademais, o governo deve estimular uma maior flexibilidade das empresas por meio de financiamentos e incentivos fiscais que as habilitem a qualificar e preparar o jovem contratado.