Desde as Revoluções Industriais o mercado de trabalho se amplia e gira ao redor do interesse dos proprietários dos meios de produção. Os empregos eram obtidos através da necessidade de sobrevivência e adequação à rotina, o que pode ser observado até nos dias de hoje. Assim, as perspectivas para o mercado de trabalho ficam comprometidas, levando aos problemas enfrentados pelos jovens nessa busca pelo “emprego dos sonhos”. Um fator que deriva desses problemas está relacionado à estrutura do sistema de ensino nas escolas. Desde pequenas, as crianças são levadas a pensar em uma carreira, mas só se restringe ao aspecto da escolha e não ao conhecimento e integração da mesma na sociedade. Além disso, muitas vezes os educadores transmitem um pensamento elitizado sobre as profissões, levando a valorização ou desprezo de determinadas carreiras. Dessa forma, fica claro que a educação tem papel relevante na mentalidade dos jovens. Outro caso a ser pensado é a idealização das profissões. O conceito de “melhor” ou “pior” são altamente propagados pelas famílias, que buscam exercer um poder coercitivo, que de acordo com Durkheim, molda o pensamento do indivíduo. Dentre as profissões mais incentivadas estão aquelas que ocupam prestígio social e que, portanto, tem uma possibilidade maior de mercado e consequentemente estabilidade de salário. Pode-se concluir assim, que a família tem grande poder sobre a decisão dos futuros trabalhadores. Dessa forma, portanto, é nítida a relevância da família e das escolas no processo de inserção do indivíduo no mercado de trabalho. Para reverter o quadro é indispensável a atuação do governo em políticas educacionais que adicionem nas grades escolares projetos que auxiliem o jovem e o conscientize de que ele será bem acolhido pelo mercado caso suas decisões sejam respeitadas assim como se houver reconhecimento das diversas funções desempenhadas pelos indivíduos na sociedade.