Muitos são os problemas enfrentados pelos jovens na tentativa de ingressar no mercado de trabalho. Questões como o despreparo e a falta de experiência influem no momento da contratação desses indivíduos. Dessa forma, é fundamental que a problemática em questão seja analisada e discutida para que seja possível criar alternativas eficientes a fim de combate-las. Em primeiro lugar, é essencial considerar os entraves presentes na formação acadêmica. Durante a graduação, o estudante é exposto a uma série de atividades que priorizam, na maioria das vezes, a produção de artigos científicos e projetos de pesquisa e extensão, além da grade curricular comum dos cursos. Contudo, tais características do meio estudantil ocupam boa parte do tempo dos alunos e muitas vezes são dispensáveis para aqueles que desejam arrumar um emprego fora do ambiente educacional. Segundo a visão de Gilberto Freyre, o conhecimento precisa de um fim social. Nesse viés, os jovens graduados possuem falhas no currículo, por muitas vezes dominarem a teoria de suas profissões, mas não a prática, enfrentando dificuldades na adaptação ao posto de trabalho. Além do despreparo, a juventude recém graduada, enfrenta a falta de oportunidade, principalmente, em momentos de crise financeira. Como ocorreu na Coreia do Sul, após anos de investimento na educação, os jovens ficaram sem empregos na medida em que a demanda ia diminuindo e mais pessoas iam se qualificando. Nesse contexto, o país realizou parcerias com empresas estrangeiras e estimulou a busca pelo negócio individual. Ademais, é fato que a instabilidade gerada por problemas econômicos causa insegurança, por parte das empresas, em investir em pessoas sem experiência, uma vez que há uma procura por produtividade, e os mais capacitados fornecem isso. Entretanto, ao se analisar a história percebe-se o peso da negligência desse segmento da população, Hitler se popularizou entre os mais novos, assim como a Primavera Árabe teve seu estopim a partir de um Tunisiano de 27 anos desempregado. Logo, é benefício de todo o corpo social a empregabilidade juvenil. Fica claro, portanto, a necessidade de se pensar soluções para esse problema social. O Governo Federal pode promover isenções ficais para empresas que fornecerem mais estágios durante a graduação do profissional. Assim também, o Terceiro Setor pode desenvolver cursos, juntamente com as universidades, que estimulem a abertura do negócio individual. Outrossim, é preciso rever o currículo das faculdades. Para tal, os discentes devem pressionar os órgãos de ensino, por meio de movimentos estudantis, exigindo uma maior proximidade da realidade do mercado de trabalho, com a adição de matérias que debatam e instruam sobre as melhores formas de lidar com o termino do curso e a busca pelo primeiro emprego.