A inserção no mercado de trabalho é uma fase que causa insegurança e medo na maioria dos jovens, por tratar-se de uma nova etapa, em que ele irá reunir todo o seu conhecimento adquirido em estudos, escola, faculdade ou curso técnico ao longo de sua vida. Além disso, há variáveis que não estão passíveis de serem controladas por cada um, como o mercado de trabalho, a oferta de empregos e o momento atual da economia do país. Assim sendo, nem sempre o empenho do jovem nos estudos e especializações vai garantir que ele encontre um emprego satisfatório. A oferta de mão-de-obra é grande, a qualificação em pós graduações e especializações não é mais um diferencial, sendo quase um pré-requisito para tentar uma vaga no mercado de trabalho. A experiência exigida é grande e quase impossível de se atingir, pois como um recém-formado terá experiência se nunca ofereceram a ele a oportunidade de tê-la? Quando se escolhe uma carreira aos 17 anos, não se tem ainda o autoconhecimento necessário para levar em conta os inúmeros fatores que levam alguém a exercer uma profissão. Levados pela maré do que está em “alta“, muitos escolhem cursos que não têm muito a ver com si mesmos. Lá na frente, quando vão tentar uma vaga, percebem que não possuem aptidão ou que não gostam exatamente do que escolheram, e o mercado percebe isso, o que dificulta mais ainda a inserção no mesmo. Uma solução seria que as escolas investissem mais em autoconhecimento aos alunos, para que eles tivessem a chance de escolher o que mais se encaixa em cada perfil, propondo testes de aptidão, vivência do dia-a-dia de cada profissão, fazendo com que suas chances aumentassem quando se formarem na faculdade. Outra sugestão é que as empresas invistam mais em novos talentos, oferecendo vagas a pessoas que não tiveram a oportunidade do primeiro emprego, pois assim moldariam o profissional de acordo com a visão e valores da empresa, o que favoreceria a ambos.