A dinamização do mercado de trabalho, numa escala global, ocorre num ritmo jamais registrado, exigindo do trabalhador uma enorme flexibilidade e a capacidade da realização de diversas tarefas de maneira simultânea, visto que a velocidade da troca de informações no mundo contemporâneo aponta novas tendências em tempo real, que por sua vez demandam ajustes no modo de realização do trabalho e até no próprio trabalho. Dessa forma, as empresas buscam profissionais experientes, uma vez que contingente de trabalhadores com mais de 59 anos teve um aumento de 1,1%, enquanto o de jovens entre 14 e 24 anos sofreu um brusco recuo de 8,4%, caracterizando um quadro preocupante, principalmente porque esse dinamismo exigido pelo mercado é característica da mão-de-obra jovem, ou seja, o Brasil, de modo geral, vai contra a tendência global de "rejuvenescimento" da mão de obra. A mudança no mercado de trabalho, embora rápida, é previsível até certo ponto: é claro para cientistas e pesquisadores da área que o sistema de produção atual será desmantelado nas próximas décadas, resultado do avanço tecnológico e da crescente substituição da mão-de-obra desqualificada por máquinas. Assim, o jovem para obter lugar no mercado de trabalho, deverá se especializar cada vez mais, quadro esse que seria ótimo, se a educação no país não fosse tão defasada e ineficiente. Logo, com a crescente demanda por especialização para o ingresso no mercado de trabalho, o Governo Federal em conjunto com o Ministério da Educação necessita melhorar o sistema educacional no Brasil, para que o jovem possa realizar cursos superiores e técnicos, de modo a se adaptar a esse mercado cada vez mais exigente e dinâmico.