Título da redação:

O desemprego de jovens no Brasil

Tema de redação: As dificuldades enfrentadas pelos jovens no processo de inserção no mercado de trabalho

Redação enviada em 11/08/2017

O desemprego de jovens na faixa dos 18 aos 25 anos no Brasil é um problema complexo que precisa ser urgentemente enfrentado. As raízes deste fenômeno estão no descompasso entre as universidades e o mercado de trabalho, aliado à banalização do ensino superior em detrimento dos cursos técnicos profissionalizantes. A comunicação entre as instituições de ensino e as empresas pode ser a chave para enfrentar esse desafio. Grande parte dos jovens que têm condições de cursar o ensino superior o fazem com a esperança de se inserir em boas posições no mercado de trabalho. Essa esperança é frustrada por uma escassez de vagas que, quando aparecem, exigem muito mais do que um diploma dos candidatos. As dificuldades dos jovens de atender a tais exigências se devem aos currículos das universidades, que valorizam um aprendizado enciclopédico e totalmente voltado à academia. Alia-se a essa incompatibilidade a falta de disposição das empresas, que exigem um profissional jovem e treinado, mas raramente investem tempo e dinheiro em sua formação e aperfeiçoamento. A abertura desenfreada de vagas nas faculdades completa esse cenário, gerando uma legião de desempregados. Diante desse contexto, uma melhor comunicação entre universidades e empresas se torna necessária. As empresas podem participar diretamente da formação de potenciais colaboradores, fazendo parcerias com universidades e promovendo cursos extra-curriculares. As universidades devem reavaliar periodicamente as grades curriculares dos cursos oferecidos, readequando-os às mudanças no mercado de trabalho. Adicionalmente, um maior investimento em cursos técnicos profissionalizantes, alinhados aos anseios das empresas, se faz necessário por parte do governo. Esse perfil de profissional foi negligenciado ao longo de décadas, nas quais o fomento ao ensino superior teve um maior protagonismo. A falta de perspectiva profissional de muitos jovens brasileiros é um problema estrutural, relacionado com o desalinhamento entre os anseios mercadológicos e os currículos enciclopédicos das universidades. Uma maior comunicação entre instituições de ensino e empresas, aliada a investimentos na formação de um profissional de perfil mais técnico e adequado ao mercado, pode ser a resposta para essa questão.