Karl Marx, importante sociólogo moderno, dizia que a sociedade se estrutura segundo suas relações econômicas. Dessa forma, o trabalho torna-se indispensável para que o indivíduo se insira em seu meio social. Atualmente, porém, o jovem encontra dificuldade para ingressar no mercado de trabalho, tendo em vista que este demanda alta qualificação e experiência. Antes de tudo, cabe ressaltar como a entrada da mulher no mercado de trabalho influencia essa situação. Nas décadas de 40 e 50, houve o êxodo rural, migração em larga escala da população do campo à cidade, e com ele a necessidade do aumento da renda domiciliar. Novos postos de trabalho foram criados e, aos poucos, o sexo feminino ocupou essas vagas em conjunto com o masculino. Devido a baixa qualificação requerida, o jovem não tinha dificuldade em conseguir tais empregos, diferentemente do contexto brasileiro atual. Com a crise econômica e novos formatos de emprego, o jovem, de ambos os sexos, não obtém com tanta facilidade seu lugar de trabalho. Diversas empresas foram fortemente abaladas pela recessão e a demissão em massa aumentou, crescendo o número de desempregados. O indivíduo que procura seu primeiro emprego além desse obstáculo enfrenta o fato dos empregadores demandarem alta qualificação, que requer anos para se construir, e experiência, também não conseguida. Fica claro, portanto, os empecilhos que o jovem possui ao adentrar o mercado de trabalho. Desse modo, as universidades poderiam ampliar seus programas de estágio a fim de oferecer uma capacitação mais prática e conquista de experiência. Assim como, os governos federal e estadual poderiam expandir o programa “Jovem Aprendiz”, gerando novos empregos e aquecendo a economia ao aumentar o poder de compra, sendo uma boa saída a todos.