Com a recessão que o país vive, todos sofrem com a inconsistência do mercado de trabalho, porém a juventude é quem encontra os maiores obstáculos. Então, não é surpreendente o dado apresentado pelo IBGE que relata desemprego recorde de mais de 25% entre os jovens. Logo, existem muitos desafios para eles, como a necessidade de especialização e a saturação de quase todos os setores. Sem dúvida, o mundo moderno exige que o profissional seja especialista em várias áreas. Inquestionavelmente, isso não é ruim, mas em um país desigual como o Brasil, jovens carentes penam para se adequar aos currículos cobrados pelas empresas. Consequentemente, o abismo social apenas se alarga. Além disso, mesmo aqueles com condições demoram anos para se regularem ao mercado e ganhar experiência. Dessa forma, acabam ficando frustrados e apresentados quadros de depressão. Tendo em vista fatos apresentado, pode parecer paradoxal o saturamento de profissionais em vários campos. Nesse cenário, adolescentes são seduzidos pelas chamadas profissões da moda, já que existi a promessa de ascensão social em um mundo que acima de tudo visa o status. Para ilustrar, anualmente milhares de advogados colam grau com o sonho de passar em um concurso público. Entretanto, é óbvio que nem o funcionalismo público e nem o privado consegue absorver o grande contingente. Assim, resultando no fenômeno da prostituição da classe. Fica evidente, portanto, que as perspectivas de trabalho para os jovens no Brasil de hoje são péssimas. Logo, medidas para equilibrar e desconstruir o atual panorama devem ser tomadas. Primeiramente, o Ministério do Trabalho pode aumentar as vagas de iniciativas que garantem especialização e experiência profissional, como o programa Jovem Aprendiz para adolescentes carentes. Somado a isso, a população como um todo deve rever suas prioridades. Para que, assim, felicidade e afinidade sejam os guias na escolha da futura profissão. Por certo, se tais propostas forem adotadas, os jovens de hoje trarão o país de volta aos trilhos.