Os governos, geralmente procuram atingir a situação ideal do pleno emprego, isto é, situação em que a demanda por trabalho seja igual a oferta. Para os jovens, esse cenário é mais difícil de ser alcançado, uma vez que eles possuem pouca experiência e, muitas vezes, conhecimento limitado. No Brasil, a situação dos jovens é agravada pela entrada precoce no mercado de trabalho e pela baixa formação média. Portanto, políticas específicas devem ser direcionadas para essa camada da população. Diante da necessidade de obter renda a fim de ajudar no orçamento familiar, os jovens das camadas mais pobres acabam entrando prematuramente no mercado de trabalho. E, como resultado, esses jovens, justamente os que mais necessitam, ingressam em empregos precários, que requerem baixa qualificação e, consequentemente, oferecem baixos salários, sem perspectivas de melhoras significativas. Logo, esses jovens entram em um círculo vicioso, tendo a oferecer apenas uma mão de obra de baixa qualificação, com poucas chances de ascensão social. Diante do cenário da baixa qualificação da mão de obra, surgem vagas ociosas de empregos para as quais não há candidatos capacitados. Apesar desses empregos ociosos oferecerem maiores salários, eles são preenchidos por aqueles com níveis maiores de escolaridade, normalmente, os de classe social mais elevado, contribuindo, assim, para perpetuação das desigualdades sociais. Desse modo, a educação, como mencionou Padre Antônio Vieira, ainda é moeda de ouro, tendo valor em toda parte. Pelo exposto, é essencial que haja políticas de incentivo ao estudo para os jovens. Primeiramente, o Ministério do Trabalho deve incentivar, mediante reduções de tributos, as empresas a contratarem jovens, com jornadas reduzidas de trabalho, oferecendo a eles a oportunidade de aprenderem uma profissão enquanto cursam o ensino médio, ou mesmo, a faculdade, recebendo uma bolsa de estudo. Por outro lado, o Ministério da Educação deve oferecer, desde o ensino fundamental, orientação vocacional, palestras de diversas profissionais e expor as tendências do mercado de trabalho, para que os alunos possam, no futuro, escolher um curso técnico ou graduação com a qual tenham afinidade.