O processo problemático e conflituoso de entrar no mercado de trabalho se inicia quando, ao invés de propor estudos práticos e eficazes à sociedade, o conjunto de disciplinas da grade básica de educação no país impõe ao jovem à impossibilidade de emitir opinião e argumento contrário ao que consta nos livros didáticos. Ou seja, a educação básica anda formando profissionais não resolutivos e incapazes de emitir questionamentos e o mercado buscando outros que se destacam, principalmente, pela sua proatividade. Assim, surge a cultura do "10 anos trabalhados valem mais do que os mesmos estudados". Toda via, algumas políticas públicas, ao longo dos anos, agregaram desenvolvimento aos jovens estudantes. Prova disto é o programa menor aprendiz, o qual introduz o jovem de ensino básico e médio no mercado de trabalho, acompanhando seu desenvolvimento escolar e beneficiando-o com uma remuneração proporcional ao tempo em serviço a fim de desenvolver seu pensamento socioeducativo e sua aplicação teórico-prática. Isto é, envolvê-lo no mercado de trabalho de maneira substancial, sem prejuízo à sua saúde. Infelizmente, esta ação não está sob os poderes de todos os jovens estudantes do país. Assim, a péssima política do ensino básico-médio prolonga-se sobre a maior parte dos estudantes: sentar, ler, responder a prova sem questionar e prologar-se no ócio não criativo. Menos trabalhadores pensantes, mais vagas abertas. Considerando o relatado, uma maneira eficaz de reduzir o afastamento entre jovem e mercado de trabalho é reformular o método de ensino nas escolas públicas e privadas, desenvolvendo uma estrutura organizacional em equipes nas salas de aula. Deste modo, ao desenvolver atividades coletivas práticas e inquisitivas, a escola estará habilitando o jovem às atividades buscadas pelo mercado de trabalhado. Assim, o jovem estudante pensa e delega tarefas enquanto indivíduo coletivo e desenvolve-se para o meio externo a escola. Afinal, uma sociedade que pensa, cresce e trabalha junto.