O mercado de trabalho para os jovens se mostra pouco receptivo, tendo em vista as dificuldades para sua inserção de modo efetivo. Empresas buscam profissionais experientes e com disposição a assimilar as políticas e dinâmicas do trabalho com o mínimo de resistência possível, ao passo que os jovens, na estrutura educacional atual, não são preparados a essas dinâmicas da relação empregatícia. O mercado em si não controla as tendências a médio e longo prazo, podendo apenas vislumbrar o que poderá ou não ser uma carreira em alta, os jovens são levados a escolherem sua profissionalização baseados nessas tendências que acabam não se concretizando ou até mesmo acabam sendo saturadas de profissionais, dificultando a inserção do jovem qualificado na sua área de atuação. Isso o força a aceitar empregos de menor nível de qualificação que, em geral, são os que mais são ofertados, criando um círculo vicioso, tendo em vista que essa aceitação acaba por distanciar o jovem ainda mais de sua área profissional. As estatísticas comprovam o drama do jovem na busca de emprego, houve um recuo de quase 9% na taxa de ocupação entre os jovens de 14 a 24 anos ao passo que houve ampliação na faixa de trabalhadores acima de 59 anos, mostrando a preferência do perfil profissional do mercado. Essa tendência se agrava a cada ano diminuindo as perspectivas das gerações mais jovens que se veem coagidas a aceitar empregos que não as estimulam na busca do aperfeiçoamento. Só através da oportunidade ao jovem é que a nação amplia sua produção e as perspectivas de uma vida profissional plena são alcançadas. É necessário que os empregadores deem chance aos profissionais em início de carreira para que através dessas oportunidades os jovens sejam inseridos não apenas no mercado de trabalho, mas também na área que ela foi efetivamente preparada para exercer, ampliando dessa forma a qualidade e a produtividade do serviço prestado à empresa e ao mercado como um todo.