Os jovens possuem atualmente uma grande dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Um dos principais obstáculos que os jovens encontram ao se depararem com o mundo do trabalho é a falta de tempo para estudar e trabalhar ao mesmo tempo. O estágio como forma de exploração por parte das empresas para com os jovens também é um problema a ser levado em consideração. Estudantes de universidades públicas, muito mais do que de privadas, possuem pouca ou quase nenhuma flexibilidade de horários de aula. Tendo em vista que as universidades públicas possuem como principal alvo os jovens de baixa renda, pode-se dizer que estudantes de universidades públicas como UFRGS e UFCSPA possuem ainda menos tempo para trabalhar, devido ao tempo perdido durante a locomoção da casa para o campus. Visto que os jovens estudantes de universidades públicas só terão oportunidade de ingressar no mercado de trabalho depois do término da faculdade, terão zero experiência na área em que passaram estudando todos esses anos. Sendo assim, será dado prioridade aqueles candidatos que possuem mais experiência no mercado de trabalho. Assim como os jovens que não dispõem de tempo para trabalho, os que o possuem tendem a ser explorado pelas empresas do mercado. Estagiários são vistos como prioridade pelas empresas de hoje em dia, pois são mão de obra barata, comparado aos candidatos que possuem mais anos de experiência no mercado. Muitas vezes os jovens que estagiam não são contratados, mas sim substituídos por outros estagiários que acabaram de chegar no mercado de trabalho. Cria-se assim um ciclo vicioso que serve somente para prejudicar os jovens na sua formação de currículo e carreira e para beneficiar as empresas com lucro e baixo custo dos assalariados. Tendo em vista esses problemas relacionados à inserção do jovem no mercado de trabalho, as universidades deveriam dar ao estudante uma maior flexibilidade de horários, assim como fazer o uso da tecnologia para aulas não presenciais, aumentando a disponibilidade de tempo para o estudante se inserir no mercado. O governo também deve tomar medidas e fazer campanhas para que as empresas valorizem um estagiário como valorizam um trabalhador efetivo, pois eles são o futuro de toda nação.