Sabe-se que, desde crianças, os indivíduos sonham com alguma carreira profissional ou apenas pensam em curtir a vida em busca de um propósito para seguir. Nesse caso, a partir da educação infantil até o ensino médio buscam a melhor faculdade para ingressar, posteriormente conquistar um emprego. No entanto, o processo de inserção no mercado de trabalho pelos jovens é difícil, haja vista que o encaminhamento acadêmico é falho. Em primeira análise, o Ensino Superior no Brasil, não prepara o aluno para o ofício de maneira prática, somente teórica. As universidades brasileiras são conteudistas, na maioria, não possuem aulas práticas inseridas na grade curricular, apenas nas aulas extracurriculares facultativas. Mediante isso, forma-se profissionais inexperientes, sem práticas, que, segundo o psiquiatra Augusto Cury, mentes programadas à conteúdos são estéreis nas práticas. A título de exemplo, um cirurgião que somente estuda, não saberá na prática como realizar uma cirurgia. Dessa forma, os jovens saem das faculdades desprovidos de técnicas essenciais ao desenvolvimento de um bom profissional, logo, muitas empresas os consideram inexperientes. Simultaneamente, o tempo em que um estudante passa dentro das universidades e fora delas estudando ou realizando trabalhos em grupos, dificulta em ter um período livre para buscar cursos especializados e um emprego, mesmo durante a faculdade. Essa questão é conhecida como “ O tempo é dinheiro”, também retratada pelo personagem Charlie Chaplin, no quesito dedicação ao trabalho para obter um lucro, mas nesse caso, o tempo dos estudantes são valiosos apenas aos estudos. Sendo assim, muitos alunos saem do Ensino Superior sem nunca ter tido um serviço na área cursada, tornando-se um jovem aprendiz, porém, as instituições superiores deveriam de cumprir esse papel de formar aptos profissionais. É evidente, portanto, a necessidade de uma reforma no Ensino Superior para que possa diminuir as dificuldades dos jovens no processo de inserção no mercado de trabalho. Assim, é necessária a obrigatoriedade da inserção de aulas práticas nas grades curriculares, com o auxílio de empresas privadas, de diversos ramos, que possam disponibilizar espaços dentro de suas empresas, a fim de que os jovens já possam estagiar de uma forma educativa e experiente, estando mais aptos para o mercado. Ademais, as universidades podem garantir horários mais favoráveis com a intenção de que os alunos possam aproveitar do seu tempo para o “livre-arbítrio” de buscar agregar conhecimentos com outros cursos e, até mesmo, conciliar seus estudos com um serviço. Afinal, todos os jovens terão a concorrência ao inserir-se no mercado de trabalho, contudo, gradativamente será menos dificultoso, devido a qualidade do encaminhamento acadêmico.