É comum, no Brasil, ver placas em estabelecimentos comerciais co os dizeres: “procura-se funcionário com experiência”. Essa exigência de experiência do mercado de trabalho está presente em todos os setores, desde o primário até o terciário, chegando a ser exigida até para as mais simples funções, como operador de caixa. E para os jovens que pretendem ingressar no mercado de trabalho, portanto sem experiência, esse requisito é um grande obstáculo. Em decorrência da crise financeira que o país está passando, o número de vagas de emprego para pessoas com pouca qualificação vem reduzindo, sendo que o número de jovens de 14 a 24 anos empregados decresceu 8,4%, ou seja, na recessão os mais atingidos são aqueles que nunca trabalharam e os que ainda não possuem formação específica. Por conta da falta de oportunidade de emprego, muitos jovens acabam se voltando para o mercado informal como vendedores ambulantes ou camelôs, ou se voltam para o mundo do crime, virando assaltantes e traficantes. Por conseguinte, a falta de empregabilidade juvenil gera violência e aprofunda a deterioração das relações de trabalho. Portanto, é evidente a necessidade da criação de novos postos de trabalho destinados ao público jovem e para isso, as prefeituras municipais deveriam aderir aos programas de “jovem aprendiz” que algumas empresas já fazem, criando empregos públicos em diversos setores como saúde, educação e administração, a fim de atender esse público. Além de ampliar para todo o Brasil as ETECs, que são escolas técnicas públicas do estado de São Paulo que oferecem uma formação mais especializada para o jovem já ao final do ensino médio, com o propósito de deixar o adolescente mais preparado para o mercado de trabalho.