Inserir o jovem no concorrido mercado de trabalho é, na atualidade, um dos maiores desafios a ser enfrentado no Brasil. Educação tradicional e crise econômica são fatores que explicam a elevada taxa de desemprego entre os jovens. Segundo estatísticas do IBGE, 9,2 % da população desempregada é de jovens com ensino superior completo, o que reforça a necessidade de reestruturação do tradicional ensino superior. Com empresas cada vez mais exigentes, é necessário que o Ministério da Educação em parceria com o Ministério do Trabalho, elaborem estratégias com propósito de ofertar maior número de estágios e treinee, assim, garantindo ao jovem experiência profissional, na área de atuação, antes de concluir o curso superior. De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil ocupa a pior posição, entre 44 Países pesquisados, em relação a criação de empregos. Essa desagradável posição conta com a contribuição da crise econômica por qual o Brasil enfrenta, obrigando, muitas vezes, o jovem a trabalhar na informalidade. Para Anne Posthuma, especialista da OIT, o setor informal gera impactos negativos, pois o jovem se afasta de sua área de formação e capacitação. Dessa forma, a dificuldade enfrentada pelos jovens para serem inseridos no mercado de trabalho, está intimamente relacionado a grave crise econômica do Brasil, bem como ao modelo de formação dos jovens, sendo necessário que o governo ofereça maior número de estágios profissionalizantes, assim como cursos de línguas estrangeiras, de informática e tecnologia, e disponibilize bolsas de intercâmbio, a fim de capacitar o jovem as exigências do atual mercado de trabalho.