José é o filho mais velho de uma família com três irmãos, recém-saído do ensino médio, ele necessita de um emprego para auxiliar nas despesas da família e sustento, e por conta disso, não poderá continuar seus estudos ingressando no ensino superior. Ele teve de aceitar a primeira oportunidade que apareceu. Essa é uma situação fictícia, porém é comum à população jovem e pobre no Brasil. A inserção do jovem no mercado de trabalho é difícil, em toda via, essa situação não é atual. Por conta da falta de experiência, eles são preteridos em relação a parte mais velha da população, essa conjuntura se acentua nos jovens sem formação superior, que geralmente compõe as classes menos abastadas. Segundo Marx, a condição material define a posição do indivíduo na sociedade, e como já explanado em parágrafos passados, jovens com baixas condições materiais, ou seja, de uma classe social mais baixa tem uma dificuldade maior de inserção no mercado de trabalho. Essa situação é mais intensa na população negra, visto que o racismo, por ser um sistema estrutural também está presente no mercado de trabalho. Assim jovens negros são preteridos no mercado de trabalho, principalmente as mulheres negras que segundo o IPEA (Instituto de pesquisas econômicas avançadas) é a minoria em atividade profissional. É necessária a criação de políticas públicas que aumente a inserção do jovem no mercado de trabalho por meio de intervenção estatal na economia. O estado deve estabelecer regras que aumentem as vagas de estágios em empresas privadas, além de criação de estágios em empresas públicas. Para família de baixa renda deve haver estímulos para que os jovens continuem estudando, como uma renda auxiliar dada pelo governo. Essas medidas, além de primariamente, inserir o jovem no mercado de trabalho, também acentuam a sua participação na economia e para as classes desfavorecidas oferece uma maior mobilidade social.