O imediatismo instaurado como estilo de vida do século XXI, aplica-se também aos meios corporativos que procuram formas de acelerar sua produção para atender as imposições do mercado consumidor não permitindo espaço para que o saber prático seja concretizado. Este é o drama que vivem os jovens brasileiros em relação às perspectivas de trabalho. Pois pela lógica empresarial, é mais vantajoso contratar pessoas que já possuem entendimento dos desafios de uma jornada de trabalho do que as que não o tem. É o que ocorre nos casos de jovens recém formados que não conseguem trabalhar em sua área de atuação por não possuírem os requisitos necessários e principalmente experiência. Este nível de exigência considerado pelas empresas, que por sinal é bastante intenso, torna o mercado mais restrito, gerando possivelmente o afastamento de pessoas que poderiam contribuir efetivamente para economia. Porém, para que isto de fato se realize, as oportunidades devem ser concedidas a este grupo. Não se trata apenas de números como apresenta dados do PNADC, em que a classe dos jovens de 14 a 24 anos na fase produtiva de trabalho sofreu uma queda 8,4% em 2016. Mas sim de pessoas que necessitam de uma abertura para validar suas experiências. Isto pode ser feito de modo que as empresas de quaisquer segmentos ou tamanhos abram espaço para receber esses jovens, assim como já acontece em programas como: “Aprendiz Legal”, CIEE, “Jovem Aprendiz”, em que empresas estabelecem cotas para recrutamento desses jovens e os prepara para o mercado de trabalho fornecendo cursos de formação técnica e prática, bem como a inserção deste em projetos acompanhados por profissionais mais experientes. Portanto é necessário fixar um olhar visando o crescimento deste público, pois estes serão os futuros profissionais a disposição no mercado.