Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As dificuldades do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro

Redação enviada em 10/04/2019

Após a Primeira Guerra Mundial, começaram a emergir no cenário cultural do mundo as vanguardas europeias, essas consideradas do Modernismo e influenciadoras da Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil. Dentre elas, o Futurismo retratava e celebrava o progresso e a tecnologia advinda das Guerras pelas quais os países passavam. Desde então, a ciência exerceu um papel fundamental, colaborando para o avanço tecnológico, econômico e social. Entretanto, no Brasil, observa-se uma crescente desvalorização do pensamento científico, justamente pela linguagem científica rebuscada e incompreendida pela população e, sobretudo, pela falta de incentivos do Governo Federal nessa área. Para Nietzsche a verdade é exclusivamente uma convenção social e essa, na qual a maior parte da população brasileira almeja e, consequentemente, seguem viam para alcançar tal, veem na ciência, com suas inúmeras mudanças e indagações, uma inconstância desinteressante. Hodiernamente, o país vive um momento delicado no qual, os movimentos contra a ciência como: os apoiadores do movimento terraplanista e antivacina, ganham adeptos, justamente pela linguagem simples e de fácil compreensão pela população, contribuindo fortemente para a desvalorização da ciência no país. Portanto, há um aumento da perda de conhecimento e mão de obra qualificada para o mercado estrangeiro. Com isso, o índice de descobertas ou desenvolvimentos de tecnologias para o país reduz, ocasionando uma maior dependência de inovações científicas dos países mais desenvolvidos. De acordo com a publicação do jornal Folha de São Paulo de abril de 2019, aponta que o novo corte orçamentário do governo Jair Bolsonaro no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) fará com que, no mês de julho, acabe o dinheiro que paga a produção científica brasileira e, necessariamente, as bolsas de estudo para pesquisadores. Dessa forma, ficam sob ameaça pesquisas estratégicas, como o desenvolvimento de remédios para o enfrentamento de epidemias e tecnologias para aumentar a segurança de barragens, problemas esses enfrentados nos últimos tempos no país. É previsto também que alunos de pós-graduação precisem interromper seus estudos, contribuindo para o declínio da ciência. É indiscutível a percepção da necessidade de uma política pública de incentivos à pesquisa e inovação acadêmica e industrial, pois esse é o caminho para sair do subdesenvolvimento. Desse modo, sem investimentos públicos não há pesquisa básica e, portanto, não há inovação, assim como não há desenvolvimento. Infelizmente, esse é o caminho escolhido pelos governos brasileiros, os quais, em todos os níveis, estão colocando em curso, de forma acelerada, um sistemático programa cujo único objetivo é o assassinato do futuro do país. Esse programa limita a inovação, enfraquece a indústria, reduz a competitividade e impede o Brasil de se tornar, de fato, uma economia global, superando os riscos e aproveitando todas as vantagens que essa condição pode trazer.