Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As dificuldades do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro

Redação enviada em 15/09/2018

Uma das maiores conquistas científicas do século XX foi a descoberta da partícula subatômica méson pi. Entre os cientistas que participaram de tal feito estava César Lattes, físico brasileiro marcado na história do país pelos esforços na construção da ciência nacional. Em contraste ao empenho do pesquisador, contudo, observa-se, atualmente, uma situação delicada quanto ao desenvolvimento da ciência e tecnologia no Brasil. Em primeiro plano, evidencia-se a falta de investimento e atenção direcionados à área. Conforme abordado no site BBC Brasil, em 2017, sob justificativa da crise, houve um corte de 44% no setor. Tal posição revela a resistência das autoridades em reconhecer a relação intrínseca entre o crescimento de uma nação e ações voltadas para a pesquisa. Nesse sentido, pode-se citar a Coreia do Sul, cuja transformação passou pelas questões científicas e tecnológicas. Logo, enquanto o incentivo à produção de conhecimento nas universidades e institutos for considerado um gasto dispensável, o país não superará o status de potência emergente. Ademais, também vale destacar o distanciamento da população com o assunto. Nota-se que não há uma preocupação em mostrar à sociedade as aplicações práticas das descobertas realizadas em laboratórios. Sob esse aspecto, cabe avaliar o próprio ensino fundamental e médio, o qual não estimula o espírito investigativo do estudante e o desejo de seguir carreira em química, física, biologia ou computação. Dessa forma, lamentavelmente, perpetua-se uma mentalidade que impede a formação de novos cientistas, a exemplo de Lattes. Medidas, portanto, são necessárias para mitigar o impasse. Cabe ao Governo Federal, por meio de uma consulta à instituições de ciência e tecnologia do Brasil, promover um projeto amplo que inclua, de forma paralela, a destinação de mais verbas da Receita Federal para a pesquisa, de modo que todos os estados sejam contemplados, bem como a implantação de visitas de cientistas às escolas públicas e de estudantes às universidades. Espera-se, com isso, inserir, definitivamente, o tema na agenda de prioridades do Estado e no cotidiano dos cidadãos.