Observa-se, desde o surgimento da filosofia, cada vez mais intensa a necessidade do homem em explicar e resolver os problemas que nos cercam por meio do pensamento lógico e racional. A ciência e a tecnologia, por conseguinte, manifestam-se como as principais ferramentas desse processo, sendo consideradas, hoje, fundamentais em todos os âmbitos da sociedade. No Brasil, entretanto, há uma enorme desvalorização desse campo que, ao não receber as devidas políticas públicas, marca o atraso do país. Para ampliar a ciência e a tecnologia é importante que haja um alto suporte financeiro por parte do Estado. No entanto, segundo dados divulgados pelo MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação), em 2010 o Brasil investia cerca de 10 bilhões de reais na área e, em menos de uma década depois, em 2018, a quantia caiu para 1,4 bilhões. Esses cortes abruptos ao longo dos anos evidenciam a baixa importância dada ao setor, que deveria ser encarado como um investimento e não como um gasto, à vista de sua importância no desenvolvimento de um país. Seguindo essa perspectiva, é indubitável o uso de inovações tecnológicas e cientificas para que a indústria, a saúde e diversos outros serviços continuem funcionando de acordo com as demandas atuais. Todavia, os profissionais responsáveis pelo seu desdobramento se veem na necessidade de buscar oportunidades em outros países, em virtude das dificuldades encontradas em solo nacional, como falta de equipamentos, estrutura precária e salários baixos. Desse modo, piora-se ainda mais a situação atual, que obriga o Brasil a depender de terceiros e o deixando cada vez mais tardado perante outros países. Fica evidente, portanto, a necessidade de mitigar essa problemática. Inicialmente, é de suma importância que o Governo Federal, juntamente com MCTIC, aumente os incentivos financeiros a pesquisas no setor, em especial às fundações de amparo das regiões mais desvalorizadas, afim de alcançar todo o Estado. Não obstante, o primeiro órgão fica encarregado também de divulgar as principais inovações por meio de cartilhas informacionais nas escolas e campanhas audiovisuais nos principais meios de comunicação como a televisão e a internet, mostrando para a população os frutos do incentivo. Assim sendo, a ciência e a tecnologia passarão a ser encaradas de acordo com seu devido valor.