Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As dificuldades do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro

Redação enviada em 08/05/2018

No universo da Marvel, Ben Parker diz a seu sobrinho, o Homem-Aranha, que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. No entanto, ignorando esse ensinamento, Peter Parker deixa um ladrão escapar, mesmo com a capacidade de detê-lo, e o bandido acaba por assassinar seu tio. Analogamente, o Brasil, embora seja uma das dez maiores potências econômicas mundiais, ainda não solucionou problemas crônicos, como o baixo desenvolvimento cientifico-tecnológico do país, seja pela herança histórica da priorização dos setores primários da economia, seja pela inércia governamental. A princípio, vale lembrar que, desde o processo de colonização do Brasil, a economia sempre esteve voltada, majoritariamente, para os setores primários, em detrimento da indústria. De fato, o processo de industrialização do país só teve um impulso significativo no início da Era Vargas, em meados do século XX. Isso é preocupante, pois, de acordo com o astrônomo estadunidense Carl Sagan, a humanidade vive em uma época altamente depende da ciência e da tecnologia. Dessa forma, para progredir como nação, há que se ter um maior engajamento de toda sociedade brasileira no sentido romper com antigos paradigmas e promover o desenvolvimento da nação. Nesse contexto, é preciso ressaltar que a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 218, estipula que é dever do Estado incentivar e promover a ciência e a tecnologia. Destarte, cabe ao Poder Público assegurar a inviolabilidade dessa norma. Contudo, lamentavelmente, isso parece não estar acontecendo no Brasil atualmente, haja vista a falta de investimentos do Governo Federal nas universidades públicas, principais instituições responsáveis pela pesquisa, como também o baixo apoio aos cientistas. Prova disso é que, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, o país possuía, em 2010, apenas 1,33 pesquisadores a cada mil habitantes. Fica claro, portanto, a necessidade da tomada de medidas para a mudança dessa conjuntura. Desse modo, as ONGs têm o papel precípuo de mobilizar a população, por intermédio de abaixo-assinados e manifestações, para pressionar o Poder Público a intensificar os investimentos na pesquisa científica, como fito de combater a defasagem histórica nessa área. Em consonância, cabe ao Governo Federal alocar mais recursos ao Ministério da Ciência e Tecnologia, mediante parcerias com o setor privado, no intuito de promover o progresso tecnológico do país. Assim, o Brasil poderá ir ao encontro do ensinamento do tio Ben, assumindo as suas responsabilidades como potência econômica mundial.