O desenvolvimento tecnocientífico é crucial para o progresso socioeconômico de uma nação. Isso porque, a partir dele, é possível qualificar os recursos humanos, fortalecer soluções para os problemas nacionais e, principalmente, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Entretanto, as frequentes notícias, vinculadas pelos meios de comunicação social, remetem o desleixo da atual gestão brasileira perante a tal assunto. Sob essa óptica, dois fatores não devem ser negligenciados, como o menosprezo com ciência e a ausência de recursos no âmbito escolar. Primeiramente, é necessário ressaltar a importância de reconhecer a atividade científica. Nesse sentido, vê-se, através de dados disponibilizada pela Revista Exame, uma discrepância entre os Estados Unidos e o Brasil: o país norte-americano, que possui a maior economia mundial, atribui mais da metade de seu enriquecimento às inovações tecnológicas impulsionadas pela ciência; os investimentos brasileiros não passam de 1,6%. Logo, é válido analisar que a desvalorização científica, é inadmissível para o crescimento da nação, uma vez que esse recurso possui grandes relevância nas áreas da educação, saúde e agricultura. Consequentemente ao menosprezo do Governo, é cabível enfatizar que as instituições de ensino não conseguem, em grande parcela, estimular os estudantes a seguirem o ramo científico. Desse modo, nota-se um escasso investimento em laboratórios e salas de pesquisas, além da falta de capacitação dos professores e dos próprios alunos. Com efeito, uma pesquisa realizada pela FAPESP, constatou significativo interesse dos cidadãos pelas áreas da ciência e tecnologia, todavia, a ausência de recursos está interferindo no progresso dos mesmos, causando desestímulos para seguir a respectiva área. Nesse sentido, é inaceitável a situação presente, visto que, para o filósofo Immanuel Kant, a educação tem um papel fundamental no que tange a composição dos cidadãos. Fica claro, portanto, que o desrespeito à atividade científica é uma mazela para a sociedade e, por isso, deve ser combatido. Dessa forma, é dever do Poder Legislativo conceber uma Lei que especifique uma quantidade monetária suficiente de investimentos para essa área, tendo a finalidade de reverter a precária situação vivida pelos profissionais e institutos de pesquisa. Ademais, é imperativo o apoio do Ministério da Educação, com a criação de espaços educativos destinados ao ramo da ciência, além de oficinas de estudos e mostras científicas. Essas ações terão a função de instigar os discentes a trilharem suas carreias a esse tipo de extensão. Talvez com essas procedências o desenvolvimento científico no Brasil não seja mais uma utopia, e sim uma realidade.