A partir de meados do século XXI, com a Terceira Revolução Industrial, também conhecida com tecnocientífica, o conhecimento científico passou a ser mais valorizado em função de seu potencial de impulsionar a economia pelo desenvolvimento tecnológico. Hoje, contudo, tem em vista dados do portal LabNetwork, que indicam que a produção científica brasileira corresponde a apenas 3% da mundial, fica claro que esse setor é, no país verde e amarelo, desvalorizado. Nesse contexto, é mister analisar alguns dos fatores que possibilitam que tal quadro se instaure com o objetivo de combatê-los. Em primeiro plano, é fundamental pontuar a subvalorização de profissionais que têm interesse em ingressar nessa área. Por esse prisma, muitos estudantes, já em suas iniciações científicas, são desestimulados tendo em vista que as bolsas que recebem, muitas vezes, não excedem quatrocentos reais mensais e, em consonância a isso, são impedidos de exercerem alguma outra atividade remunerada para complementar a renda. Desse modo, tais condições, por diminuírem o número de estudantes interessados, refream o desenvolvimento no âmbito científico. Além disso, segundo Marx Weber, “As instituições são um reflexo do indivíduo”. Nesse viés, as péssimas condições que os laboratórios de ciências que, tanto em escolas públicas como em privadas, e a falta de capacitação de professores para um uso mais direcionado dos recursos, quando presentes, desses espaços destinados ao estudo contribuem para a diminuição de jovens que aspiram seguir a carreira. Dentro dessa lógica, o interesse insuficiente do brasileiro reflete, em maior proporção, o descaso dos órgãos públicos, gerando um ciclo vicioso. Assim, portanto, medidas que visem lutar contra o cenário apresentado são urgentes. Com esse fim, as ONGs, usando as redes sociais como canal para mobilização de um grande número de pessoas, devem organizar protestos pacíficos frente ao Congresso Federal visando alertar os congressistas quanto à necessidade de melhorar as condições da ciência e tecnologia no Brasil. Em conjunto a isso, o Ministério da Educação, na figura da Secretaria de Educação, deve criar novas práticas pedagógicas, como aulas ao ar livre e temáticas, capacitando professores, visando fazer um uso mais intenso dos laboratórios e todos os aparatos científicos nas escolas, com o objetivo de familiarizar os alunos e, com isso, estimular o interesse por esse ramo, aumentando o número de profissionais. Logo, pouco a pouco, os obstáculo quanto ao desenvolvimento tecnológico e científico no Brasil serão transpostos.