Indagações e buscas pelo conhecimento sempre estiveram presentes no perfil do homem, inclusive nas civilizações mais remotas. Até mesmo os grandes pensadores gregos passaram por dificuldades para terem suas hipóteses consideradas. Ainda hoje, no Brasil, o desenvolvimento científico e tecnológico é negligenciado, apesar de ser uma ferramenta sumária ao crescimento do país e à vida da população. O Brasil apresenta vasta biodiversidade em seu território e, somado a isso, o caráter criativo de seu povo representam uma importante potencialidade científica a ser explorada. Contudo, há pouco incentivo interno voltado à pesquisa, uma vez que a educação básica no país forma ouvintes e não indagadores e, dessa forma, criam-se estudantes acomodados. Prova disso, são espécies nativas levadas ao exterior para serem pesquisadas, como ocorreu com o acará-disco, um peixe ornamental da Bacia Amazônica, que agora tem suas variedades importadas. Outro aspecto a ser destacado é a falta de consciência da necessidade de pesquisas científicas e tecnológicas. O investimento nessa área traz retornos socioeconômicos, por ser uma maneira eficiente de solucionar problemas locais e da realidade nacional. Ainda assim, o orçamento federal não prioriza a educação e pouco investe em equipamentos e instalações para essa finalidade. Portanto, é necessário replicar os já existentes órgãos nacionais de pesquisa, como a Empresa Brasileira de Pesquisa de Agropecuária e as próprias Universidades. Sendo assim, é necessária atuação ativa do governo para o crescimento educacional. Empresas privadas devem fomentar pesquisas por meio de investimentos ou programas próprios e em troca serem isentas de determinados impostos. Além disso, é preciso criar uma educação investigativa desde o ensino infantil, que aproveite a curiosidade das crianças e no fundamental/ médio priorizar a iniciação científica com experimentos e análises em laboratórios.