No cenário atual é perceptível um atraso do Brasil em relação aos países desenvolvidos quando o assunto é ciência. Agregando-se o fator do pouco estímulo à iniciação científica, a burocracia, e a falta de recursos destinados às pesquisas e afins, é evidente uma urgência de melhorias e investimentos, com o intuito de mudar essa situação a longo prazo. Nas escolas de ensino básico, há falta de estímulo para as crianças e adolescentes buscarem despertar de alguma forma um certo interesse pelas ciências. Falta também aos professores capacitação para introduzir, por meio de metodologias, esse interesse nos alunos. No entanto, os graduandos também padecem de estrutura básica nos laboratórios das universidades federais, sofrendo com falta de verbas e pouca perspectiva de futuro com a crise econômica atual. A cultura também é um fator que influi na visão que a sociedade possui em relação aos cientistas, tendo em vista que para as classes C e D é muito mais importante “ganhar o pão de cada dia” do que gastar tempo pesquisando e realizando projetos laboratoriais. Isso porque, para obter reconhecimento o pesquisador precisa investir tempo em seu projeto, e boa parte dele é sem remuneração, o que acaba por desanimar a pessoa, ou até mesmo fazê-la sair do país, fenômeno conhecido como “fuga de cérebros”, em que cientistas recorrem à sair do Brasil para conseguir mais visibilidade e com isso, perspectiva de um futuro melhor. Mediante às afirmações, o Ministério da Educação (MEC) em parceria com as Secretarias estaduais de Educação, deveriam investir em capacitação dos professores da rede pública, para que os profissionais estejam capacitados a desempenhar o papel não somente de lecionar, mas também de fazer o aluno se interessar verdadeiramente pelas ciências. Não obstante, o MEC deveria abrir meios para que o cientista brasileiro se sinta confortável em relação à turbulência pela qual o país passa.