No início do século XX, a descoberta da vacina contra a varíola foi um grande feito da ciência para a população. Entretanto, a falta de informação do povo, na época, resultou em uma insurreição popular conhecida como a Revolta da Vacina. Embora a sociedade hodierna já tenha reconhecido o devido valor da ciência, essa ainda encontra dificuldades, na medida em que o ensino básico não recebe a devida atenção pública e a população vem sendo lesada com alguns avanços científicos. A priori, muitas escolas de nível básico não possuem suas necessidades sanadas para que as pesquisas, futuramente, tenham pleno desenvolvimento. De tal maneira, o sistema educacional vigente exclui o ensino para as ciências das primeiras séries. Além disso, pouquíssimas escolas possuem laboratórios: de acordo com o jornal O Globo, somente 11% das instituições de ensino tem acesso, o que, certamente, deixa de instigar o potencial investigativo das crianças. Dessa forma, os estudantes não desenvolvem interesse em desenvolver pesquisas, que poderiam contribuir com a sociedade. Ademais, alguns avanços tecnológicos tem prejudicado a população, pois muitas pesquisas tem se subordinado ao mercado. Nesse contexto, Bauman explica que a ascensão do capitalismo possibilitou uma inversão de valores na sociedade, o que inclusive afetou a ciência, uma vez que a maioria das investigações cientificas em andamento buscam a maximização dos lucros. Esse fato pode ser percebido com um caso de desequilíbrio ecológico, ocorrido no Nordeste, causado pela inserção de milho transgênico ao ambiente, que favoreceu o aparecimento de uma praga que está dizimando as plantações. Portanto, os benefícios sociais para o aprazível desenvolvimento da nação ficam em segundo plano. Destarte, medidas são primordiais para mitigar os impasses. Logo, o Poder Legislativo pode estabelecer uma lei que multe as empresas desenvolvedoras de produtos científicos que coloquem em risco a população e destinar as arrecadações para pesquisas acadêmicas em prol do bem-estar social. É imperativo, ainda, que as ONG’s desenvolvam parcerias com escolas públicas para amplificar feiras de ciências com a participação e divulgação de projetos científicos feitos pelos pequenos estudantes. Sendo assim, a nação verde e amarela desfrutará plenamente dos benefícios advindos da ciência e novas tecnologias.