Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As dificuldades do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro

Redação enviada em 29/06/2017

O Brasil é o 36º país do mundo em relação ao investimento em pesquisa e desenvolvimento enquanto porcentagem do Produto Interno Bruto, segundo a Organização Não-Governamental Batelhe. Em 2016, o governo anunciou um corte de verba para essa área, impondo, assim, um limite maior às perspectivas de desenvolvimento tecnológico e científico no país. Tais fatos ocorrem porque na lógica político/econômica brasileira o investimento na produção científica não interessa ao princípio do lucro rápido de um país capitalista. De fato, a produção tecnológica não é uma consequência imediata da produção científica. Dados apresentados pela Folha de São Paulo corroboram a afirmação anteriormente citada, pois, o Brasil já gasta tanto com ciência quanto alguns países europeus, mas se mantém em desvantagem por não conseguir transformar esse dinheiro em resultados palpáveis. Além disso, embora o avanço no número de doutores seja considerável, após o século 20 – houve investimentos governamentais na estrutura de pós-graduação, responsável pela formação de dez mil doutores por ano e que, em trinta anos, levou o Brasil a triplicar sua contribuição científica relativa no mundo, de acordo com o artigo “Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Brasil” – e a Lei de Inovação esteja em vigor, o investimento na área de ciência e tecnologia permanece insuficiente. A verba destinada às universidades é mínima e as parcerias com as empresas privadas passam por um progresso lento e burocrático. Portanto, o governo pode inserir em sua proposta de reforma do ensino médio o incentivo a iniciação científica já desde a escola – por meio de bolsa de estudos para intercâmbios e ajuda financeira. Além disso, deve reforçar essa área ao priorizar a destinação da verba pública ao desenvolvimento das pesquisas em universidades. Ademais, as empresas privadas podem aproveitar as vantagens oferecidas pela Lei de Inovação – economia com desconto em impostos, por exemplo – para investir na ciência e produção de tecnologia nacional.