O desenvolvimento científico e tecnológico se tornou sinônimo do mundo contemporâneo. Entretanto, buscar novos horizontes e deles obter avanços é uma tarefa que se torna cada dia mais árdua para os pesquisadores brasileiros. Os impasses políticos e econômicos nacionais aliados ao temor pela incerteza de se obter resultados plausíveis são fatores limitantes do progresso científico no país. O Brasil vive hoje uma crise da representatividade política influenciada pelos crescentes escândalos de corrupção e abuso de poder por parte dos políticos. Só durante os anos de 2014 a 2016, uma operação da Polícia Federal nomeada de “Operação Lava Jato”, descobriu inúmeros casos de fraudes em licitações e pagamentos de propina envolvendo políticos e a estatal Petrobras. Consequentemente, esse cenário deixa um rombo nos caixas públicos e acaba obrigando a União a priorizar áreas de necessidades primeiras como a educação e a saúde, subvertendo investimentos que poderiam chegar ao campo de pesquisa e tecnologia. Por conseguinte, o desenvolvimento da tecnologia vem de longos processo de pesquisa. E essa busca científica por ser incerta na obtenção de resultados satisfatórios se torna outro fator que dificulta ainda mais a chegada de subsídios que garantam o trabalho dos pesquisadores. Em âmbito atual, os brasileiros que pleiteiam por uma bolsa de iniciação científica passam por rigorosos processos de seleção em suas pesquisas, onde o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq), avalia as propostas e seleciona as que apresentam maiores funcionalidades e possibilidades de sucesso e qualidade. Assim, é possível constatar que o Brasil necessita dar mais atenção à área científica. E para tal, é indispensável envolvimento da sociedade, ONGs e do próprio governo, pois a sociedade e as ONGs ligadas ao combate à corrupção devem realizar discussões e reivindicações ao Governo, que se sentirá incumbido a identificar e punir os corruptos que usurpam os cofres públicos e acabam desviando os investimentos que eram para pesquisas. É cabível também que o Ministério da Ciência Inovação (MTCI), juntamente com o CNPQ, reformulem suas metodologias de avaliação e concessão de bolsas de iniciação científica, diminuindo a burocracia e optando pela isonomia e o crédito no potencial de todas as pesquisas consistentes apresentadas.