O potencial de crescimento de uma nação inclui entre os critérios um promissor desenvolvimento científico e tecnológico, haja a vista a necessidade de otimizar processos industriais, diminuir os custos com importação na área de biotecnologia e tornar-se referência na educação de sua população. Entretanto, o Brasil encontra alguns entraves e desafios no que concerne à atuação científica. Sob esse aspecto, é necessária a discussão acerca da precariedade do aparato para produção de conhecimento no país, além da ausência de uma formação básica que aguce o interesse pela ciência. A ciência de ponta se desenvolve com a ajuda de um aparato político e econômico. Apesar de ter recebido maiores recursos e planejamento na última década, as universidades e laboratórios de pesquisa brasileiros sofrem com a carência de equipamentos e instrumentos básicos para seu funcionamento. Como um exemplo recente dessa situação, pode-se citar a dificuldade em conseguir material para o trabalho com vírus Zika em pleno surto da doença. Ademais, tal como enunciou Aristóteles – O começo de todas as ciências é o espanto de ver as coisas como são. Nesse sentido, a perspectiva aristotélica reforça a importância do pensamento científico desde os primeiros anos escolares, possibilitando a formação de futuros cientistas. No entanto, o ensino nas escolas nacionais pouco valoriza a aprendizagem empírica, somado a deficiência de laboratórios e aulas práticas. O potencial da ciência e tecnologia brasileira, portanto, está limitado por fatores estruturais e a ínfima valorização. Com o fito de alavancar e amparar os pesquisadores brasileiros, é imprescindível que haja parcerias público-privadas, com a criação de agências de fomento de caráter privado; para tal o Governo deve ampliar o debate acerca do assunto e dialogar com setores interessados no financiamento. Intuindo despertar crianças e jovens para a pesquisa, é primordial a divulgação da ciência produzida no Brasil, por meio de palestras, visitas à laboratórios e eventos acadêmicos além de enfoque a cientistas brasileiros nos livros didáticos. Uma ação aliada das escolas e universidades é uma alternativa para realização desses projetos.