Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As dificuldades do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro

Redação enviada em 21/03/2017

A Terceira Revolução Industrial, iniciada em meados do século XX, é a mais recente dinâmica de transformação nos sistemas produtivos. Também conhecida como Revolução Técnico – Científica Informacional, ela foi responsável pela total integração entre a ciência, a tecnologia e a produção. O crescimento econômico de um país está vinculado ao seu desenvolvimento científico, pois a inovação dessa área gera maior competitividade no mercado internacional. No Brasil, apesar de pesquisas científicas terem se ampliado ao longo da década de 2000, a estrutura tecnológica não acompanhou esses avanços. Os desafios do desenvolvimento da C&T - ciência e tecnologia no país devem – se a visão altamente utilitarista e a falta de investimentos nesse setor. O pragmatismo, filosofia criada por Charles Sanders, vê a utilidade como o único caminho para a verdade. Nessa perspectiva, as pesquisas científicas que supostamente não apresenta um viés prático, são vistas com desinteresse e, consequentemente, não contam com incentivos financeiros. “A decifração da estrutura do DNA não parecia ter nenhuma aplicação prática, no entanto, é a base da biotecnologia moderna”. A afirmação da bioquímica Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, corrobora que as pesquisas básicas focam na melhoria das teorias científicas e abastecem as inovações das pesquisas aplicadas. Sendo assim, ações que enfatizam apenas o lado pragmático da pesquisa, causam retrocessos no avanço científico. É fundamental salientar que os pilares fundamentais para o desenvolvimento da C&T são: estruturas científicas, estruturas tecnológicas e fluxos informacionais. As condições que viabilizam esse processo perpassam por existências de universidades, institutos de pesquisa e relações interativas com empresas. Todavia, o Brasil apresenta razoável arcabouço científico, estruturas tecnológicas limitadas e grandes entraves burocráticos que desfavorece as trocas de informações entre as instituições de ensino e a iniciativa privada. Além disso, esse cenário se agrava, pois, o Estado como provedor dessas áreas, não investe o necessário em centros de pesquisas e não cria políticas científicas que estimulem empresas a ampliar atividades de pesquisas. Portanto, apesar do tímido avanço em ciência e tecnologia, é necessário, ainda, harmonizar as bases que sustentam esse desenvolvimento. É necessário que o Ministério da Ciência e Tecnologia crie subsídios para empresas. Para isso, deve reduzir impostos para aquelas que incentivam a ciência através de programas de vantagens mútuas, que se baseiam em investir em cientistas que desenvolvem pesquisas do seu interesse. Ao Governo, cabe manter universidades de qualidade com intensas atividades científicas. Nesse sentido, deve oferecer bolsas a alunos de graduação e pós-graduação e avaliar não só parâmetros quantitativos, mas de potenciais aplicações. Só assim, é possível encontrar um equilíbrio entre a utilidade e a eficaz qualidade da pesquisa.