A Coreia do Sul, na crise do final do século xx, investiu no setor tecnológico, visando a depender menos do mercado mundial para desenvolver sua economia. O Brasil, por outro lado, vive um momento de profunda crise, mas nada faz – tanto setores públicos quanto privados- para o desenvolvimento científico e conseguinte autossuficiência econômica. Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que a carência de oportunidades de desenvolvimento tecnológico não é culpa apenas do Estado. Se por um lado, nas universidades federais, que concentram a maior parte dos cientistas brasileiros, tais profissionais são mal remunerados; por outro, as empresas nacionais não investem no setor. Nos EUA, por exemplo, cerca de 80% dos cientistas desenvolvem pesquisas em empresas, enquanto no Brasil, esse número não chega aos 50%. Como consequência de tal carência, há a perda econômica no que se refere a gestão de recursos naturais. Para se ter uma ideia, a ausência de tecnologias de transformação do minério de ferro faz com que o Brasil o exporte como uma simples commodities – matéria prima-, perdendo tanto no valor de exportação, quanto no que tange ao processo de transformação industrial, que geraria mais empregos em terras nacionais. Em síntese, fica claro perceber que medidas são necessárias para solucionar tal problema. Por isso, é preciso que o MEC crie incentivos aos estudantes pesquisadores, remunerando-os de forma justa, além de criar premiações que recompense as pesquisas de maior qualidade, a fim de despertar os alunos a optarem pela carreira cientifica. Já o Ministério da Fazenda poderia criar parcerias público-privadas, criando um programa para que empresas recrutem os pesquisadores recém-formados e, em troca, ganharem certa isenção de impostos, bem como os lucros relativos às tecnologias ali desenvolvidas.