A priori, a teoria da geração espontânea foi muito aceita, porém o cientista Louis Pauster conseguiu refuta-la. Para isso, necessitou do apoio popular e governamental, além de instrumentos como o microscópio. Esses requisitos, na maioria das vezes, não estão disponíveis no Brasil, o que dificulta o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro. Sob tal enfoque, é válido considerar que a economia brasileira sofre com sucessivas crises, Diante disso,, os orçamentos privilegiam investimentos em áreas de retorno financeiro imediato. Consequentemente, setores como a ciência carecem de recursos. A falta de investimentos reflete negativamente no desenvolvimento científico e tecnológico, uma vez que as necessidades de materiais para a pesquisa não serão sanadas e os projetos financeiros oferecidos aos pesquisadores não manterão seus interesses. O Ministério da Ciência e Tecnologia aponta, por exemplo, que a cada mil trabalhadores, apenas 1,33 é cientista no Brasil. Ademais,o período colonial do país foi eficaz para aumentar a adesão do trabalhador brasileiro ao trabalho braçal, em contrapartida, a adesão por serviços de pesquisa científica é baixa. Nessa perspectiva, considerando que, segundo Durkheim, o fato social é exterior, a discriminação de profissões como de cientistas e de pesquisas não consideradas relevantes tende a crescer. Sucumbir com as dificuldades do desenvolvimento científico e tecnológico, portanto, se faz necessário. Para isso, o governo deve privatizar as pesquisas e fazer acordos internacionais nesse âmbito, a fim de adquirir investimentos que possibilitem o desenvolvimento. Além disso, a mídia pode promover campanhas de cunho socioeducativo que demonstrem a necessidade da realização de experimentos científicos. Outrossim, na educação básica, deve ser incluída aulas práticas e teóricas sobre o método científico, por conseguinte , a pesquisa torna-se cultura brasileira e fica à margem da discriminação.