Para Aristóteles, brilhante filósofo da Grécia antiga, as revoluções não condizem a pequenas questões, mas nascem de pequenas discussões e põem em jogo grandes discussões. Nesse sentido, é possível afirmar que convém analisar os motivos pelo qual o desenvolvimento técnico-científico no Brasil não evolui de forma acentuada. Haja vista, à falta de interesse do Estado no intenso investimento na área em consonância a ideia de os produtos externos serem melhores, para muitos brasileiros. É importante pontuar, de início, que a recessão vivenciada no país atual é grande. Sob essas premissas, o Governo tende a limitar mais ainda os recursos liberados a área do desenvolvimento tecnológico na forma do cancelamento de bolsas e no arquivamento de projetos em curso. Justificando os cortes de maneira temporária, na tentativa do comprometimento em manter as áreas essenciais como Saúde e Educação, colocando de forma bem clara, que o projeto científico seria um gasto desnecessário. É fundamental salientar, ainda, desde o período pré-colonial no século XVI, cultiva-se a ideia no Brasil de que os produtos externos são melhores que os fabricados em terra nacional. Somado a isso, segundos pesquisas feitas por empresas norte americanas de informação e economia, os brasileiros ficaram entre os 10 povos mais importadores de tecnologia no mundo, fazendo forte ligação a produtos chineses. Outrossim, é notório diariamente encontrar pessoas fascinadas pela marca em si e não somente no objeto. Fica evidente, portanto, que o Governo deve tratar a temática com a maior abrangência e vigoroso incentivo, disponibilizando políticas de apoio e tratando o contexto como também questão social. Além disso, a mídia em parceria com as escolas desenvolvedoras de projetos, deverão formalizar acordos com a Gestão Pública, no intuito de desenvolver campanhas, influenciando a população a necessidade da valorização do trabalho digno e social dedicado aos produtos nacionais. Pois, podendo assim fazer uma alusão ao pensamento de Gandhi de o futuro depender daquilo que se faz no presente.