O Brasil passa por uma crise econômica que vem se agravando nos últimos tempos. Estudantes e pesquisadores têm suas verbas reduzidas em prol de necessidades básicas da sociedade que não estão sendo supridas. Assim como o plano de metas criado por Juscelino Kubitchek, o Brasil precisa definir prioridades para que possa adaptar-se à realidade em que se encontra. Apesar de ser um país subdesenvolvido, a contribuição científica do Brasil, na área de saúde, por exemplo, na criação de medicamentos e vacinas, sempre foi eficiente. Porém, a deterioração do quadro fiscal do país vem tornando inviável o prosseguimento de muitas pesquisas que, com o devido financiamento, poderiam alcançar a excelência. Com isso, há maior rigor e concorrência quanto a patrocínios, a busca por resultados torna-se mais uma competição que um desafio pela causa acadêmica, o que geralmente interfere na qualidade final da pesquisa perdendo-se o foco e resultando na migração desses provedores na busca de oportunidades em outros países. A ideia de alcançar a marca de "Cinquenta anos em cinco" acabou sendo superfaturada ao fim do mandato de Kubitchek porém, essa urgência e a busca pelo crescimento econômico, se enquadram com a atual perspectiva nacional. Com o devido planejamento e, principalmente com o controle de gastos, limitando-se à possibilidade, o Brasil poderia manter seus investimentos em educação, mantendo-se atento às cotas e aos excessos. Equilibrar finanças, relacionar prioridades e redimensionar objetivos são divisões que podem ser investidas sem receio. Incentivar a educação desde à base para que estudantes recuperem o interesse pelo que podemos descobrir, pela inovação, se tornou uma necessidade nesse panorama de adversidade. Pode-se salientar nas escolas a importância da arte e cultura no desenvolvimento humano para que esses não se tornem segunda opção nessa pirâmide invisível entre necessidade e possibilidade.