Diversos países, como os EUA e a China, mostram que o investimento em ciência e tecnologia é fundamental para o desenvolvimento de uma nação. Porém, mesmo assim, alguns países não estão investindo adequadamente nessa área, como o Brasil. Esse déficit pode ser explicado, principalmente, pela extinção de programas de incentivo e também pela precária manutenção dos cientistas já existentes no país. É notório que os países desenvolvidos tenham aspectos em comum em relação ao seu amplo domínio econômico. Um deles, talvez o principal, é o investimento massivo em ciência e tecnologia, tendo uma parcela considerável de seus produtos internos brutos destinados a essa área. No entanto, em países com subdesenvolvimento, como o Brasil, tal perspectiva não está sendo explorada, ao passo que programas de incentivo importantes estão sendo eliminados como o “Ciência sem Fronteiras”. A extinção desse último programa, o qual dava bolsas de estudo para pequenos pesquisadores alavancarem suas carreiras científicas no exterior, foi um dos maiores erros já feitos em relação ao investimento em ciência e tecnologia brasileiro. A justificativa para isso é que esse programa colocou o Brasil em um dos melhores patamares do cenário internacional de pesquisa, possibilitando intercâmbio de conhecimento e auxiliando no desenvolvimento de diversos setores do país como na agricultura, como o cultivo da soja, e também na extração do petróleo, como a descoberta do “pré-sal”. Além disso, também é evidente a precária manutenção dos pesquisadores já existentes no país. Nesse aspecto, nota-se que as bolsas de estudo em mestrado e doutorado dadas pelo governo aos cientistas e tecnólogos não coincidem com o custo de vida em grandes cidades – onde ficam os grandes centros de pesquisa e universidades. Sendo assim, a maioria dos pesquisadores procuram ofertas de emprego e tentam conciliar trabalho e pesquisa, o que em grande parte dificulta a evolução de sua pesquisa. Diante do exposto acima, percebem-se os grandes entraves para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. Contudo, é possível reverter esse quadro por meio de uma maior dedicação do PIB brasileiro a essa área, da reativação de programas de incentivo (como o “Ciência sem Fronteiras”) e também por meio de um aprimoramento em relação a qualidade das bolsas de estudo. Dessa forma, não só a ciência e tecnologia do país será aprimorada, como também todo o desenvolvimento da nação.