“Investir em conhecimento rende sempre os melhores juros”. Essa frase de Benjamin Franklin mostra o quão é importante incentivar o desenvolvimento da educação, do estudo científico e tecnológico. Entretanto, o Brasil possui uma cultura construída no decorrer de sua história que não favorece essa prática, além de sofrer com crises econômicas atuais. Desde o período colonial, o estudo é para poucos, o Brasil herdou de Portugal essa cultura. O foco na exploração da colônia construiu uma população completamente desequilibrada, sendo parte dela impossibilitada de estudar, pois era atividade restrita às elites. Dessa forma, vê-se, atualmente, os baixos, ineficientes e congelados investimentos em educação, que não formam uma boa base sequer no ensino primário, o qual tornaria possível produzir uma estrutura efetiva de estudos avançados. Assim, mais pessoas estariam aptas à pesquisa. Ademais, a crise financeira do país desfavorece o cenário de produção científica. Isso porque com a população demandando saúde, alimentação e moradia, temas complexos são deixados em segundo plano. Dessarte, tal situação se mantém cíclica, pois a carência em educação não desenvolve pessoas instruídas, o que impossibilita a inovação e o crescimento econômico. No final, os poucos que conseguem adquirir conhecimentos avançados migram para outro país, deixando de publicar algo que melhoraria a situação brasileira por conta de má gestão governamental e crise. Portanto, a decadência do cenário científico e tecnológico é firmada na sociedade brasileira não só por sua histórica desigualdade quanto às oportunidades de estudo, mas também pela má gestão de recursos que afundou o país em crise financeira. Sendo assim, torna-se difícil receber os juros do melhor investimento existente: a educação.