Título da redação:

A falta de investimento nos estudos científicos brasileiros

Tema de redação: As dificuldades do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro

Redação enviada em 20/01/2017

No Brasil, onde eventos esportivos são alvos de altos investimentos, os campos científico e tecnológico não recebem as mesmas atenções. Em outras palavras, no país do futebol a definição de o que é prioridade para a evolução da sociedade parece não estar ligada com o desenvolvimento da ciência e pesquisas fundamentais. Assim, o interesse pelos trabalhos científicos diminui cada vez mais entre os estudantes de nível superior. A propósito, com a situação fiscal delicada do país, é inevitável que o fornecimento de recursos torne-se cada vez mais restrito a setores que lidam com necessidades básicas da sociedade. Porém, a destinação limitada de recursos para estudos e pesquisas cientificas não é algo recente no cenário nacional. O fato é que a falta de planejamento e acompanhamento faz com que o potencial de crescimento nessa área diminua perdendo mão de obra qualificada, desperdiçando matéria prima e afetando, também, a educação e a saúde. Isso reflete a ineficácia não só do sistema educacional do país que deixa a desejar do ensino fundamental ao médio como também a saúde pública que, sem avanço, não consegue atender a demanda com eficiência e fornece um serviço limitado e com poucos recursos. Assim, sem investimento, planejamento e com pouco incentivo, os trabalhos científicos perdem cada vez mais interessados que, em busca de melhores oportunidades, acabam deixando o país, com isso, desfalcando o quadro de cientistas atuantes no território brasileiro. Além disso, outros fatores podem influenciar o fraco desenvolvimento da ciência no Brasil. Segundo o professor de Física Nuclear da Universidade de São Paulo, Alexandre Suaide, as bolsas de pesquisa concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, levam em consideração parâmetros de produtividade. Dessa forma, trabalhos mais relevantes são menos valorizados do que outros produzidos em maior quantidade, logo, desmotivando pesquisadores e trabalhos que demandem maior dedicação. Por tanto, conclui-se que o investimento, ainda que limitado, porém, bem utilizado e sem descaso, pode recuperar o interesse em estudos e pesquisas científicas e certamente atrairá apoio da iniciativa privada. Além de dedicar atenção a setores primários da educação com programas de incentivos a descobertas científicas a fim de identificar e instruir adequadamente recursos humanos. Com isso, integrar-se-á educação básica a desenvolvimento científico.