A deformidade que notoriamente se encontra o transporte público no país, detém origem na motorização privada e no afastamento do governo federal sobre estes, que por sua vez acarretam em impactos negativos na sociedade que dela usufruem. Inicialmente, vê-se que os motoristas de automóveis particulares usam estes pela economia com tempo e dinheiro, já que - de acordo com o site Diplomatique - em uma grande cidade, a viagem em automóveis é duas vezes mais rápida e três vezes mais barata que a pública. Outra vertente é o distanciamento do governo federal, que desde a constituição de 1988 passou a administração do transporte público para o Orçamento Geral da União e para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no qual investiram relativamente pouco no setor. Suplementarmente ao que foi dito, tudo isso traz diretos efeitos no transporte público, já que o aumento do uso de transporte privado faz as vias ficarem mais estreitas e, por fim, na diminuição da velocidade do ônibus, que de 20 km/h abaixa-se para 12 km/h - dados também do Diplomatique - assim fazendo o passageiro perder tempo, e também gastar mais dinheiro, pois demora-se mais para chegar no destino. Soma-se a isso outra consequência: a contingência dos órgãos públicos sobre a verba para o desenvolvimento do transporte, pelo distanciamento supramencionado, que por sua vez acarreta no aumento dos custos de passagem. Em virtude do que foi mencionado, observa-se que conscientizações - com iniciativa estatal - e políticas públicas devem ser tomadas para reduzir a problemática. A educação do transito deve mostrar que, ao usar menos veículos privados, em escolha do transporte coletivo, toda a sociedade chegará à rota desejada em tempo favorável comum, pois junto disso somaria-se políticas públicas para manutenção das vias e do conforto no transporte, que por fim a passagem - com investimentos citados - tornaria-se mais acessível e atraente à toda população.