Vigora, na atual conjuntura brasileira, dilemas que impossibilitam, nas grandes cidades, uma mobilidade urbana eficiente. Esse cenário é reflexo do gerenciamento de governos que incentivaram o cidadão brasileiro a adquirir o próprio automóvel em detrimento do uso de transporte coletivo para os deslocamentos. Como resultado dessas políticas, em cidades como a de São Paulo, tornou-se corriqueiro que os cidadãos gastem mais tempo para se deslocar do trabalho para casa do que realizando uma viagem para uma cidade próxima. Assim sendo, um diálogo entre o Estado e os municípios é medida que se impõe para solucionar essa questão. Durante o governo de Juscelino Kubitschek houve a implementação do Plano de Metas que se baseou em um desenvolvimento acelerado da economia brasileira. Com isso, as multinacionais conquistaram o mercado consumidor brasileiro com produtos industrializados além de que a população se atriu pelo baixo custo de automóveis e pôde os adquirir devido à concessão de créditos por parte do Estado. Contudo, ao mesmo tempo que se estimulou o uso do transporte individual a infraestrutura para o tráfego desses automóveis não foi devidamente planejada. Diante disso, hoje, as grandes cidades brasileiras sofrem com quilômetros de lentidão proporcionado pelo excesso de carros na rodovias. Outra medida a qual contribui para que as cidades urbanizadas sofram com o congestionamento se deve à péssima qualidade do transporte coletivo e a quantidade desse meio de transporte abaixo da demanda nacional. O sucateamento de ônibus, bem como o desconforto advindo da superlotação faz também com que os cidadãos optem pelo transporte individual ainda que enfrente horas parados no trânsito. Na cidade de Tóquio, Japão, o transporte coletivo é classificado como um dos melhores do mundo sendo que os deslocamentos, ao contrário do que ocorre no Brasil, também ocorre por metrôs, trens, balsas entre outros. Embora algumas regiões brasileiras desfrutem de outros meios de locomoção que não seja o ônibus esse meio continua sendo preponderante e sem essa diversidade de transporte públicos a mobilidade urbana no pais fica prejudicada. Infere-se, por conseguinte, que a mobilidade urbana nas cidades brasileiras é uma problemática para o pais. Desse modo, ao goverbo cabe o investimento em metrôs nas regiões mais populosas bem como criar infraestrutura ferroviária para que as população também se desloque por meio de trens. O prefeito de cada município deve ainda ser responsável por estipular as empresas de ônibus um número de transporte circulante conforme a demanda de cidadãos e deve ainda impedir a circulação de ônibus em péssimas condições e superlotadas. Desse modo, a atuação conjunta dessas medidas será fundamental para proporcionar uma mobilidade urbana mais eficaz no país.