Saneamento básico, leis trabalhistas e melhores condições de vida levaram muitos a abandonarem o campo para aventurarem-se em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, que desde a Era Vargas passavam por constantes industrializações. O inchaço urbano – provocado por essa atração – tem causado falhas no desenvolvimento urbano como o transporte. Por sua vez, a saturação das conduções públicas intensificaram outros problemas relacionados a ele, os quais afetam diretamente a população mais dependente dessa modalidade. A deficiência no atendimento a demanda populacional gera o desconforto das superlotações. Na Idade Média a taxa de mortalidade era elevada devido às secas e doenças que assolavam esse período. No entanto, o avanço da ciência e medicina garantiu que muitos chegassem à vida adulta. Desde então, o crescimento populacional evolui exponencialmente, o que por muitas vezes dificultou a administração dos veículos públicos. Pessoas espremidas e quase rompendo com o que Newton propôs: “dois corpos não ocupam o mesmo espaço”, ilustram bem o resultado dessa situação. Em outra análise, a busca por meios alternativos de deslocamento além de deteriorar a mobilidade tem reflexão na variação dos preços das passagens. A acessibilidade – gerada pelas diversas formas de pagamento – para aquisição de veículos em união com a insatisfação a respeito dos transportes públicos proporcionou acentuada elevação dos congestionamentos. Nesse contexto, a redução de velocidade acarreta em maior custo de operação nas conduções coletivas que geralmente é acrescido nas contas de quem depende exclusivamente dele. Muitas metrópoles brasileiras compartilham dos fatos relatados cuja origem de seus problemas está relacionada à organização e as estruturas não adequadas à população. Fica claro, portanto, que a carência nos transportes públicos desencadeou diversas falhas que seriam resolvidas com o seu aprimoramento. Devido ao tamanho das cidades deveriam adotar a divisão dela, no qual cada área ficaria responsável por empresas terceirizadas que atuaria apenas em seu espaço delimitado – a fim de obter maior controle e oferta de serviços de qualidade que não interfiram no direito de ir e vir.