Atualmente, a mobilidade é o grande desafio das cidades contemporâneas, em todos as partes do mundo. A opção pelo automóvel, que parecia ser a resposta eficiente do século XX à necessidade de circulação, levou à paralisia do trânsito. Além do desperdício de tempo e combustível, lidamos diariamente com a violência nas estradas (como os atropelamentos, por exemplo) e com os problemas ambientais de poluição atmosférica e de ocupação do espaço público. No entanto, segundo o levantamento do Departamento Nacional do Trânsito (Denatran), a frota de automóveis e motocicletas cresceu duas vezes mais durante os últimos dez anos. Diante dessa situação, o que poderia ter ocasionado essa evolução? A ascensão do Brasil ao posto de uma das dez maiores economias do mundo é um importante fator atrativo à Indústria Automobilística. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o poder aquisitivo do brasileiro aumentou, as pessoas acabam optando por adquirir mais carros e motos, o que pode complicar o fluxo no trânsito. Como resultado gradativo perante à quantidade de pessoas nas ruas, tornou-se indispensável a criação de uma Lei para garantir que a violência nas estradas não se fortaleça - a Lei Seca, utilizada para alertar a sociedade sobre os perigos do álcool associado à direção, teve seu êxito em todo o território nacional, porém ela ainda não é o suficiente para solucionar boa parte dos problemas no tráfego. Em busca de praticidade e, principalmente, economia, muitas pessoas acabam optando por ciclovias, metrôs e outros meios de transporte coletivo. Este ato, apesar de ser considerado sustentável, encontra-se inegavelmente deficiente na maior parte do território brasileiro. Criações como a Bus Rapit Transit (BRT) - invenção Curitibana que possibilita aos passageiros o pagamento antecipado das linhas interurbanas - não diminuem o problema das superlotações e de outras condições precárias encontradas nos transportes públicos. Por consequência, a população brasileira evita consumir este meio de condução. Em suma, a mobilidade urbana é um problema, tanto para o trânsito quanto para a população em geral, logo, é proeminente que os gestores públicos criem políticas e recursos que visem o aperfeiçoamento dos transportes coletivos, pois definitivamente a solução para um trânsito mais viável e saudável não é mais carros circulando nas grandes cidades. Além disso, é indispensável a participação de estados, municípios e a sociedade em geral a fim de mobilizar um número maior de cidadãos a esta realidade, através de campanhas e propagandas de conscientização