Com a urbanização surgiu a necessidade de meios de transporte urbano coletivos que ligassem todos os eixos de uma cidade para facilitar o deslocamento da população. No entanto, no Brasil, metropolitanos, ônibus, trens e bondes carregam deficiências causadas pela falta de investimento infraestrutural. Tendo em vista isso, a rotina dos cidadãos que fazem uso desses meios é repleta não só de fadiga, causada pela superlotação, mas também de insegurança pela violência que ocorre com frequência dentro deles e esses são apenas alguns dos inúmeros problemas que o sistema enfrenta. Haja vista que diariamente são veiculadas pela mídia imagens de multidões em disputa por uma vaga nos transportes públicos, a notória superlotação denuncia o caos enfrentado nesse tipo de transporte que subestima as leis da física mostrando que dois corpos podem sim, com imensa dificuldade, ocupar um mesmo lugar no espaço. Um bom exemplo disso são as estatísticas que mostram, segundo SPTrans, agência de transporte da cidade de São Paulo, que em horário de pico os ônibus de 12 metros operam com uma capacidade muito maior que o limite de 75 pessoas, é claro, de uma forma extremamente desconfortável. Analogamente a superlotação de ônibus e metrôs vem a questão da violência dentro destes. Os usuários estão suscetíveis a ela desde a espera ao deslocamento. As formas que a violência se apresenta são inúmeras e a mais comum é o abuso sexual contra mulheres no transporte público. Por conseguinte, a maior evidencia da urgência desse problema foi a necessidade da criação de um vagão exclusivo para mulheres, o vagão rosa, nos metropolitanos das grandes cidades brasileiras. Em suma, para que os transportes coletivos exerçam a real função de facilitar o deslocamento, os problemas devem ser corrigidos. Em primeiro lugar, cabe o Estado, especificamente ao Ministério dos Transportes, investir em melhores agências de terceirizadas para o zelo deles, aumentar a frota disponível e controlar por meio de uma contabilização eletrônica nas catracas a quantidade máxima de passageiros. Dessa forma, diminuir a superlotação e oferecer um deslocamento com conforto. Em segundo lugar, cabe a cada governante estadual direcionar maiores verbas na segurança pública viabilizando a implantação de policiais dentro dos transportes coletivos. Assim, certamente, o primeiro passo passo para combater as deficiências será dado e a eficiência aparecerá.