Na Constituição de 1988, em vigor desde o período de redemocratização do país, é garantido o direito de liberdade de locomoção, mais conhecido como o direito de ir e vir.Entretanto, mesmo que,atualmente, o Estado não interfira diretamente na liberdade individual, não fornece os meio necessários para o deslocamento, logo, descumpre a lei. Um dos problemas enfrentados pela população, vinculá-se, diretamente, a má gestão, por isso, as rotas e as frotas de veículos são mal distribuídas, afetando os indivíduos da periferia que, muitas vezes, precisam utilizar mais de um meio de transporte e geram, também, a superlotação.Além disso, lidam com a falta de investimento em infraestrutura, sendo frequente a falta de ar condicionado, entrada especial para deficientes físicos e até o uso de pneus carecas. Por esses fatores, muitos cidadãos optam pelo uso de automóveis, que segundo a ANTP (Associação Nacional de Transporte Público) são responsáveis pelos congestionamentos, o que aumenta entre 15% e 25% o custo dos ônibus, repassado para o pagante, na maior parte de baixa renda.Ademais, o incentivo ao uso dos automóveis é uma herança do governo Juscelino Kubitschek que construiu rodovias em detrimento da construção de ferrovias, além de abrir a economia para as transnacionais automobilísticas que permanecem divulgando seus produtos. Portanto, para sanar esses problemas e cumprir a Constituição vigente, cabe às empresas de ônibus realizarem pesquisas para que ocorra o melhor planejamento das rotas mais eficientes e, já que, são privadas e visam o lucro, a prefeitura deve, como rege a lei, fiscalizar o reajuste do preço das passagens, a frota, a vida útil dos carros e se toda a população está sendo atendida.Outrossim, o Governo em parceria com a mídia, deve produzir campanhas que incentivem o compartilhamento de automóveis particulares, consequentemente, diminuindo o congestionamento e o custo do ônibus, tornando-o mais acessível.