A concentração urbana nas grandes cidades trouxe consigo uma mobilidade exorbitante e fez-se necessário evolução nos meios de transporte para contornar essa realidade de modo a agilizar a vida do brasileiro. Contudo, fatores como, a intensa evolução nos meios de financiamento do carro próprio juntamente com seu favorecimento e por intermédio de políticas desfavoráveis ao coletivo, acabam influenciando negativamente o transporte Público Brasileiro. O principal problema da pós-modernidade, segundo Zygmunt Bauman: o individualismo — atitude que há de ser deixado de lado quando o assunto é mobilidade urbana. O transporte privado na modernidade se tornou um utensílio indispensável ao individuo ingressado na sociedade e ainda sendo atraído pelas diversas formas de pagamento, é uma tentação não possuir um meio privado estando financeiramente estável. Notícias, como "dezenas e dezenas de quilômetros de engarrafamento", fazem parte do café da manhã do brasileiro. Dados assustadores se tornam normalmente aceitáveis numa capital que possui mais automóveis do que pessoas como a grande São Paulo, segundo a Folha de S.Paulo. Além disso, há de se notar ainda uma clara ignorância quanto ao meio ambiente no século XXI, nos remetendo aos tempos iniciais de revolução industrial. O ônibus, pouco incentivado, evita o que seriam em torno de 50 carros atrapalhando o transito gerando o caos urbano, poluindo e trazendo consigo prejuízos como: Ilha de Calor, Inversão Térmica, Aquecimento Global e a destruição da Camada de Ozônio. Isto é, pegando como exemplo mais recente, a China teve em 2013 uma clara demonstração do efeito reação da natureza sobre o homem, matando milhares de pessoas por intermédio do "smog" que se traduz a uma fumaça tóxica causada pelo intenso tráfego e pela queima de carvão. Os dados apresentados mostram a iniquidade e a insustentabilidade da política de mobilidade em vigor no Brasil. Os efeitos tendem a se agravarem mais ainda caso o crescimento descontrolado de veículo individual continue. Fica evidente, portanto, a necessidade do governo federal de rever as políticas que sustentam a utilização do automóvel e do transporte coletivo, favorecendo o que visa em um futuro a praticidade em função do meio ambiente para a sociedade. Além do mais, para romper esse padrão insustentável, é preciso convencer a população da realidade que está a tona, através da clareza de dados sobre poluição e congestionamentos no trânsito, mostrando seus efeitos — como no caso da China — para estarem a par de que o assunto que estão tratando é algo de extrema relevância.