A mecanização do campo e a concentração fundiária decorrentes do processo de industrialização de 1930 impulsionou o êxodo rural.Essa evolução rápida contribuiu para um processo igualmente acelerado de urbanização,e ainda hoje vivenciamos as consequências da falta de planejamento para um serviço público tão necessário que é o transporte de passageiros. O sistema de transporte público brasileiro é muito criticado, por ser extremamente precário.Ônibus super lotados, valores altos das passagens e más condições dos veículos são três dos muitos motivos que levam as queixas. A lentidão do trânsito também é um fator contribuinte,em 2013 o IBGE publicou uma pesquisa que aponta tamanha deficiência nos serviços de transporte de passageiros, segundo a pesquisa, em todo país, mais de sete milhões de pessoas gastam em média, uma hora para fazerem o trajeto de casa para o trabalho utilizando o meio público de transporte. A mesma pesquisa de 2013, mostrou que 96% das cidades brasileiras, não tem um plano de transporte.É importante lembrar que, a responsabilidade de viabilizar medidas para melhorar o serviço de transporte coletivo é da prefeitura de cada cidade, no entanto, a maioria dos serviços são terceirizados e as empresas que prestam esses serviços para as prefeituras visam o maior lucro possível, repassam impostos ao consumidor final e quase não investem em melhorias nos veículos.Todos esses fatores incentivam para aquisição de veículos particulares por parte dos usuários, causando um congestionamento ainda maior no trânsito, principalmente nos grandes centros urbanos. Cidades como Curitiba já possuem sistemas de transporte com funcionamento positivo.O sistema conta com ônibus biarticulados que transportam até 270 passageiros por viagem,além de garantir o acesso à toda cidade pagando apenas uma passagem , modelos como esse, devem ser pensados e implantados em outras cidades, não dispensando a elaboração e implementação de um plano de transporte que priorize as necessidades da população, que seja econômico e menos poluente.