Juscelino Kubitschek quando em seu governo deu ênfase ao setor automobilístico, promoveu também o desejo da população de obter o carro privado, desde então, o carro passou a ser um objeto indispensável para a maior parte da população. Dessa forma, percebemos grandes impactos negativos no dia a dia e no meio ambiente, como aumento dos custos de operação dos ônibus, dos acidentes, da poluição e dos congestionamentos. Com a super valorização do transporte privado em detrimento do público, e aliado á uma má gestão a população que faz uso desse serviço está muito insatisfeita, já que as tarifas pagas não estão sendo convertidas em melhoria na qualidade dos serviços. Além disso, um dos problemas mais recorrentes é a tabela de horários má distribuída e uma insuficiente quantidade de transportes,que faz com que os modais coletivos sofram com a lotação exagerada. Além disso, outro problema que assola o transporte coletivo é a seleção de rotas que atendam à camada mais favorecida da sociedade, o que faz com que as periferias fiquem gradativamente mais isoladas. Dessa forma, a população com menor poder aquisitivo se mantém afastada do centro, dificultando-a de chegar ao trabalho e aos locais de estudo. Esse fator contribui, para a manutenção da desigualdade social no país, já que a população mais pobre permanece desconectada das mais diversas atividades urbanas. Diante da situação exposta é preciso que o governo tenha mais respeito com a população e invista não só em ônibus, mas também em transporte hidroviário no litoral e ferroviário no interior. Além disso, deve melhorar a qualidade do transporte e incentivar a população à usá-lo, por meios midiáticos e na TV. Por fim, Cabe à sociedade ficar atenta ao que é seu por direito e não esquecer o que as “Manifestações dos 20 centavos”, ocorridas em 2013 representaram, reivindicando perante as autoridades responsáveis justiça nas taxas e prestações desses serviços, fazendo valer o que está escrito na Constituição.