Se hoje a maioria dos brasileiros sonham em ter seu próprio veículo, esse pensamento se deve, principalmente, a partir do governo de Juscelino Kubitschek, pois este investiu, prioritariamente, na indústria automobilística. Umas das consequências dessa decisão é que o transporte público foi sendo negligenciado ao longo dos anos. Desse modo, o Brasil vive uma profunda deficiência no transporte coletivo, promovendo uma má qualidade de vida aos seus usuários. Lotação – poucos veículos – infraestrutura precária – passagens com elevado valor – insegurança – longo tempo de espera, esses são problemas enfrentados por quem utiliza o transporte coletivo no Brasil. Tal situação acontece devido à falta de investimentos no setor, que são controlados pelo Ministério da Fazenda. Apesar da população ter aumentando, a frota de veículos não acompanhou esse crescimento. Além disso, não há muitas opções de transporte. Por exemplo, a cidade de Goiânia, com cerca de 1,5 milhões de habitantes, possuí somente ônibus, como transporte público. A falta de intermodais em várias cidades do Brasil sobrecarrega os existentes. Outrossim, o aumento da violência nas cidades tem refletido essa triste realidade também dentro dos transportes, em que casos de roubos são frequentes. Da mesma maneira, que a lotação contribui para que aconteçam assédios morais e sexuais, sendo a mulher a principal vítima. Por conseguinte, o transporte coletivo deve ser mais cuidado a fim de proporcionar um transporte digno a sua população. Para isso, é preciso que o Ministério da Fazenda libere fundos exclusivos para investimentos no setor. As prefeituras, por sua vez, devem priorizar a construção de outros modais, tais como: trem, metro e VLT (veículo leve sobre trilhos). Ainda assim, é importante disponibilizar guardas municipais para fazer a proteção dos usuários. Ademais, as empresas que administram os serviços, por meio de concessão, devem ser mais fiscalizadas, afim de evitar tarifas abusivas.